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bits, bytes e bravata!

Meu encontro com Harpertown

IDF 2007 San Francisco: Logo após os keynotes do dia, tive a oportunidade de participar de uma demonstração reservada onde foram apresentados os novos desktops e notebooks baseados nos processadores Penryn dual e quad-core.

Essas reuniões são particularmente interessantes, já que foi numa dessas que vi pela primeira vez um Core 2 Duo “Conroe” bater um processador equivalente da AMD.

Na época, saí meio desconfiado da demo e só fui me convencer de que a Intel tinha realmente um vencedor nas mãos quando fiz os primeiros testes no lab, de modo que aprendi a prestar mais atenção nessas demos.

Comandando a apresentação estava um pequeno grupo da Intel liderado por Dave Salvador, gerente de produto e especialista de benchmarks da empresa, que conheci em 2005.

A apresentação era formada por três experimentos. O primeiro deles propunha uma nova metodologia de medição de desempenho baseada em consumo de energia.

Quando perguntei se as pessoas interessadas em desempenho máximo realmente esquentam a cabeça com consumo de energia, ele respondeu até que não, mas a idéia, nesse caso, é de criar um meio termo entre esses dois paradigmas. Isso pode ser útil em futuras avaliações, tanto na área empresarial quanto na doméstica. Seria como avaliar um carro que atinja uma boa velocidade sem consumir muito combustível.

Mais detalhes sobre essa nova métrica – batizada de Energy-Efficient Performance 2.0 – podem ser encontrados no site da iniciativa.

O segundo experimento utilizou dois notebooks Dell Latitude D830 baseados na plataforma Santa Rosa. Um deles veio equipado com um Core 2 Duo T7800 de linha (2,6 GHz, FSB 800 MHz e 4 MB de cache). O segundo portátil veio equipado com a versão móvel do processador Penryn de 2,8 GHz, FSB de 800 MHz e 6 MB de cache. Ambos vieram com Windows Vista pré-instalado.

Nesse caso, a idéia era mostrar a eficiência do novo set de instruções SSE4.

Para isso, cada sistema codificou um arquivo AVI para DivX utilizando o VirtualDub. Enquanto o sistema original executou a tarefa em 38,81 segundos, a versão com o Penryn fez o mesmo em 20,64 segundos.

O terceiro experimento envolveu configurações equipadas com uma versão de pré-produção dos novos processadores Xeon “Harpertown” de 45nm, também baseado no Penryn.

A primeira configuração “A” (mais convencional) foi montada ao redor de uma placa-mãe Intel com chipset X38 “Bonetrail“, que aceita um processador Xeon quadcore de 3 GHz, FSB de 1.333 MHz e 12 MB de cache, 2 GB de SDRAM, disco rígido Barracuda 7200.10 de 320 GB e 7.200 RPM e uma placa de vídeo NVidia GeForce 8800GTX.

A segunda configuração “B” (mais performática) utilizou a nova placa-mãe “Skulltrail” com dois processadores Xeon quadcore de 3,4 GHz, FSB de 1.600 MHz e 12 MB de cache, 4 GB de SDRAM, disco rígido Barracuda 7200.10 de 320 GB e 7.200 RPM. Para colocar mais lenha na fogueira, o pessoal da Intel instalou duas placas de vídeo NVidia GeForce 8800GTX, configuradas em SLI.

Nos testes realizados, a configuração “A” obteve 12.065 pontos no 3DMark 06 (overall) enquanto a configuração “B” obteve 17.068 pontos.

Trata-se de números impressionantes em termos de desempenho e é uma pequena amostra do que podemos esperar nos próximos meses.

Segundo a Intel, a expectativa é que tanto o novo Xeon quanto as placas-mãe cheguem ao mercado até o final desse ano ou no início de 2008.

(rev.ok)

20 setembro, 2007 - Posted by | eventos, Intel, Tecnologia

2 Comentários »

  1. […] de jogos e, obviamente, jogadores e entusiastas extremamente radicais. Cheguei a ver uma demonstração do Skulltrail e do Harpertown durante o último IDF […]

    Pingback por Intel também é Hexa (core)! « mnagano.com | 24 fevereiro, 2008 | Responder

  2. […] de jogos e, obviamente, jogadores e entusiastas extremamente radicais. Cheguei a ver uma demonstração do Skulltrail e do Harpertown durante o último IDF […]

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