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Game Review: Crysis Special Edition

crysis_sp.jpgComo no cinema, de tempos em tempos o mercado de jogos fica na expectativa da chegada do título que promete ser o super sucesso do final de ano. Entre os recentes lançamentos, um dos grandes candidatos é Crysis um jogo de tiro em primeira pessoa com elementos de aventura, desenvolvido pela Crytek (FarCry) e que chegou às lojas no final de novembro pela Electronic Arts.

Tivemos acesso à versão”Special Edition” (R$ 139) que além do jogo em DVD, vem com alguns brindes como um CD com a trilha sonora, DVD com o vídeo do “Making Of”, trailers, screenshots e desenhos de produção, um booklet ilutsrado e um curioso brinde virtual: um veículo exclusivo que pode ser baixado da Web e usado no jogo. A versão normal — apenas com o jogo — sai por R$ 100.

O enredo de Crysis lembra filmes como “O Predador” onde, num futuro próximo (2020), um grupo de soldados da força Delta com cara de mau e tudo — entre eles, seu personagem (Jake Dunn) — é designado para uma operação secreta na ilha Ligsham localizada no mar das Filipinas. Sua missão:resgatar um grupo de arqueólogos americanos que desapareceram logo após a descoberta de um artefato fóssil, provavelmente aprisionados por tropas norte-coreanas (uia!) que invadiram e tomaram a ilha.

Como no filme estrelado pelo atual governador da Califórnia, a missão parece ser simples: atirar em qualquer coisa que se mova, encontrar os prisioneiros e sair de fininho sem destruir toda a ilha. O problema é que os norte coreanos são o menor dos seus problemas, já que você terá que enfrentar algo muito pior do que um bando de soldados que falam inglês “elado”, uma encrenca literalmente de outro mundo.

nanonsuit_art.jpgTalvez em nenhum outro jogo, a expressão “a roupa faz o homem” não poderia ser melhor aplicada. Para enfrentar todo tipo de adversidade, os membros de sua tropa estarão equipados com a chamada “nanosuit” (direita), uma espécie de armadura e exoesqueleto Hi Tech cheio de truques, como aumentar sua invulnerabilidade, força (permitindo saltos acima de cinco metros), velocidade na corrida e até um sistema de camuflagem que pode torná-lo quase invisível (como também fazia o Predador do filme).

Além disso, seu capacete possui visor tático (HUD), sistema de visão noturna, e navegador GPS ligado ao seu sistema de comunicação via satélite e ao seu computador pessoal.

No caso de morte, a roupa ainda tem a capacidade de se auto-destruir — com seu ocupante dentro, diga-se de passagem — para evitar que a mesma caia em mãos inimigas.

Isso coloca um novo elemento de estratégia nesse jogo, já que esses recursos dependem de certas condições. Um bom exemplo é o sistema de camuflagem que, quando ativado, consome uma certa reserva de energia, que pode durar mais (se você ficar quieto) ou menos (se estiver correndo). Para complicar mais as coisas, o efeito desaparece caso você dispare sua arma. Note que o sistema não pode ser reativado, até que a reserva de energia seja reposta.

Outro exemplo é o modo “maximum strenght” que precisa ser usado para saltar sobre obstáculos muito altos ou mesmo para operar armamento muito pesado com precisão — como a minigun (canhão giratório) — outro clássico de filmes do gênero.

crysis_armamento.jpgComo era de se esperar, a variedade de armamentos é bastante sortida, formada por veículos diversos, granadas, pistolas e armas portáteis, sendo que muitas delas podem ser incrementadas com vários acessórios, como miras de laser, lanternas, visores eletrônicos, etc. que podem ser ativadas ou não durante a ação.

Seu personagem começa com um rifle de assalto SCAR, mas a tendência é utilizar armamento capturado do inimigo, pela facilidade de encontrar munição.

No geral, você poderá carregar até duas pistolas (pouco eficientes, diga-se de passagem), duas armas portáteis (fuzis e/ou metralhadoras), dez granadas e algo um pouco maior, como um lançador de foguetes.

Novamente, o jogador tem que usar a cabeça para utilizar esses recursos. Por exemplo: você poderá usar a lanterna da arma para economizar energia do sistema de camuflagem. Mas essa fonte de luz pode facilmente chamar a atenção dos soldados inimigos ao seu redor.

Uma das características mais festejadas de Crysis, é seu engine de jogo, capaz de criar cenários altamente complexos, o que obriga o jogador a procurar caminhos para subir morros (ou contorná-los), cair de penhascos e cachoeiras, atravessar trechos de rio ou de mar a nado. A passagem dos dias também pode ser sentida, com o sol nascendo e se ponto durante todo o jogo, cujos efeitos de iluminação são bastante realçados devido ao ambiente de selva.

Fora isso, os vários elementos do cenário também interagem com o jogador, como animais que perambulam pela mata, objetos que podem ser mexidos e até arremessados, palmeiras que tombam ou tambores de combustível que explodem com alguns tiros.

Finalmente, apesar da história ter uma seqüência, as fases do jogo permitem mais de uma solução para superá-los. Isso é possível graças ao uso de pontos de verificação (checking points). Assim, ao receber ordens de localizar e atravessar uma barreira inimiga, fica a seu critério escolher o melhor caminho e a maneira de como irá passar pela barreira, seja na bala ou passando por cima dela (e dos guardas) com um caminhão roubado.

Quando cada um desses pontos é alcançado, o jogo é gravado automaticamente e o usuário pode reiniciar a partir daí no caso de morte ou saída do jogo. Para aqueles que preferem garantir seu progresso, também é possível salvar seu avanço a qualquer momento teclando F5, algo raro nesse tipo de jogo.

Crysis também tem sido muito comentado por ser um dos primeiros títulos cuja programação tira o máximo proveito do DirectX 10 e do Windows Vista. Isso pode levantar dúvidas para aqueles que não dispõe de uma placa DX10 ou que ainda rodam o bom e velho Windows XP, o que, no final das contas, pode até levantar dúvidas se que se vale a pena ou não comprar esse jogo só pra descobrir que ele não roda em seu computador.

Segundo as informações impressas na caixa, os requisitos mínimos são um PC com Windows XP ou Vista, processador Pentium 4 de 2,8 GHz ou superior (3,2 GHz para o Vista) ou Athlon 64 2800+ (3200+ para Vista), 1,0 GB de RAM (1,5 GB para Vista), 12 GB de disco, leitor de DVD-ROM, placa de vídeo com 256 MB de RAM e placa de som compatível com DX 9.

Executamos esse jogo num PC relativamente moderno, equipado com um processador Athlon 64 x2 3800+ (2,0 GHz), 1,0 GB de SDRAM DDR 400 e uma placa de vídeo ATI Radeon X1600 com Windows XP SP2 e DX 9.0c. O sistema automaticamente verificou o hardware do sistema e configurou o jogo para trabalhar no modo de baixa qualidade (800×600 pixels) com o filtro de Anti-Aliasing (AA) desligado.

crysis_cenario.jpgA má notícia é que — como era de se esperar — a qualidade dos gráficos nos pareceu bastante convencional, com vários elementos do cenário — em especial as folhagens — apresentaram contornos bastante serrilhados devido à falta do AA. Quando forçamos a ativação desse filtro, o jogo ficou tão lento, que mal conseguíamos navegar com o mouse entre as opções do menu.

A boa notícia, é que, se não esquentarmos muito com a aparente perda de qualidade (de imagem), esse título é perfeitamente jogável, com ótima resposta dos comandos bem sincronizados com o cenário e o som.

De fato, pudemos subir a resolução da tela para 1.024 x 768 pixels sem perda de desempenho, apesar do mesmo não poder ser dito do modo 1.280×1.024 pixels, formato muito comum entre as LCD de 17″ e 19″.

No geral, os comandos do teclado seguem o padrão desse tipo de jogo, o que permite uma imersão bastante rápida e intuitiva no clima da história. De minha parte, o único comando que realmente estranhei foi a tecla “C” que esperava ser “crouch” (abaixar) e em Crysis reconfigura a arma. Ao contrário de títulos como Call of Duty, você pode até se abaixar, mas não pode andar de cabeça baixa. Para isso é necessário manter a tecla “Control” pressionada.

Os donos de XBOX 360 ainda tem a opção de usar seu controlador nesse jogo. Mas para isso, é necessário baixar um programa do site da microsoft.

Minha conclusão é que Crysis é um ótimo título tanto pelo seu enredo e jogabilidade quanto pela sua qualidade de imagem. E cá entre nós, fugindo de um bando de norte-coreanos atirando pro seu lado — gritando “implopélios” no meio da noite — ou enfrentando criaturas alienígenas tão grandes quem pode palitar seus dentes com o seu fuzil, não acredito que você terá muito tempo para ficar de bobeira admirando a exuberante flora local.

Com ou sem DX 10, Crysis é diversão garantida, altamente recomendado.

Resumo: Crysis Special Edition
O que é isso? — Jogo de tiro em primeira pessoa. Um dos primeiros com DX10.
O que é legal? — Ótima jogabilidade e enredo.
O que é imoral? — Tropas norte-coreanas como os novos malfeitores do mundo? Fala sério! ;^)
O que mais? — O jogo funciona bem, mesmo em configurações mais modestas.
Avaliação: 8,5 — O produto têm várias características que vão muito além do esperado e nenhuma grande limitação técnica. Mesmo se houver, pode ser desconsiderada. (entenda nossa metodologia aqui).
Preço sugerido: R$ 139.
Onde encontrar: www.ea.com.br

4 dezembro, 2007 - Posted by | Fun Stuff, Games, Genshiken, Review

1 Comentário »

  1. Boa noite, gostaria de saber c tem como salvar o jogo Crysis para continuar o jogo em outro pc??? vc sabe me dizer onde q fica a pasta q fica salvo o jogo? salvar em pen drive.
    Agradeço a atenção

    Comentário por Alcione | 31 maio, 2008 | Responder


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